quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ela pegou o primeiro ônibus que parou em sua frente...

...Nem se quer leu para onde ele iria. Mas era essa a sua intenção […] Ela se senta no banco da janela e vê que já está bem longe de casa, mas não se importa. Abre sua bolsa, onde levava junto com ela uma caneta e um caderno, onde começa escrever sem parar, quase sem pensar: “Eu precisava disso. Eu realmente precisava […] Precisava de um tempo pra me achar, me entender… Me encontrar. Olhando o meu reflexo no vidro, vi que já não me reconhecia mais. E isso doeu. Apertou o meu coração. E quer saber o que eu vi? Eu vi uma garotinha frágil, escondida atrás de um rosto ligeiramente frio e sem sentimentos. Um rosto cansado […] Cansado de que realmente? Talvez seja de tanto sofrer… De tanto forjar os sorrisos […]” E então o ônibus para. Ela olha em volta, para ver se reconhece o local. Mas não, ela estava em um lugar obscuro, deserto e frio. Um lugar que combinava com ela.

"A procura do meu Anjo de Marfim..."

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