quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ela não era tola.

Mas como quem não desiste de anjos, fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas e happy-ends cinderelescos, ela queria acreditar. Até a noite súbita em que não conseguiu mais. Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, nenhuma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia. Nada por dentro e por fora além daquele quase novembro, daquele sábado, daquele vento, daquele céu azul - aquela não dor, afinal.

— Caio Fernando Abreu

"A procura do meu Anjo de Marfim..."

0 comentários:

Postar um comentário