quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mendigávamos impetuosamente, não sabíamos o que era viver independentemente.

Precisávamos do coração do outro, sem saber que isso era recíproco, até que um dia ele resolveu ter um diálogo comigo, na esquina de café:
- Ei, margarida bela, andei matutando por semanas para sabercomo iria falar contigo, mas achei melhor deixar para mepreocupar com isso só agora. - Disse com as maçãs do rosto vermelhas e sorriu, provocando-me um riso alto. Parecia ser contagiante.
- Então diga Antônio, diga. - Sorri novamente.
- Ah, margarida bela, queria dizer que eu não tenho coração. Meu coração está aí, com você.- Olhou-me profundamente e abaixou a cabeça.
Aquelas palavras soavam em meu ouvido como música, parecia que os vocábulos soltavam-se da boca daquele belo moço e alojavam-se em minha mente. Ficamos cerca de segundos nos olhando, até que falei:
- Antônio, você tem um coração sim. O meu.
Sorriram e deram um beijo rápido e sereno. Um beijo de amor.

- Letícia Bittencourt


"A procura do meu Anjo de Marfim..."

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